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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

CATAGUASES - Curiosidades

Final do Século XIX.
A cidade começa a desenvolver.
 
por Gilmar Moreira Gonçalves - Professor de História do Instituto Nossa Senhora do Carmo e de Geografia da rede municipal de ensino de Cataguases
 
 
              Graças ao café, nas duas últimas décadas do século XIX, Cataguases vive uma fase de grande desenvolvimento urbano. As transformações econômicas vinham acompanhadas de mudanças sociais. Já se observava na cidade um grande número de construções sendo algumas residenciais e outras comerciais. A população crescia com a chegada de estrangeiros, em sua maioria italianos e portugueses. Além de muitas famílias, que deixavam o Rio de Janeiro, em função da revolta antiflorianista, apurando a vida social do município.
          O primeiro grande estabelecimento comercial seria fundado por Antônio Henriques Felippe, em 1878, a “Casa Felippe”, que vendia artigos só encontrados nos grandes magazines do país.
          Muitos jornais também apareceriam mostrando o crescente interesse de alguns grupos e a necessidade de informação das pessoas de um modo geral. Em 1883, foi fundado por Ernesto de Melo o primeiro jornal da cidade, a “Gazeta de Cataguases”. Outros ainda surgiram no mesmo período como: a “Folha de Minas” (1884), o “Cataguasense” (1886), o “José Bonifácio” (1886), o “Echo de Cataguases” (1894) (fundado por Paulino Delfim e Osório Duque Estrada), a “Gazeta de Cataguases” (1894), o “Monitor Mineiro” (1895), “O Agricultor” (1898), o “Jornal de Minas” (1898), “O Arauto” (1898).
          Em 1888 criou-se a Loja Maçônica Cataguasense, que teve entre seus fundadores o republicano Quintino Bocaiúva. Abrigando pessoas de grande influência da cidade, tinha como objetivo discutir os grandes assuntos não só do município, mas também da recém-criada república brasileira (1889). A Loja funcionava em um pequeno chalé situado no mesmo local onde existe hoje o moderno edifício da atual oficina, na Praça Rui Barbosa.
          O primeiro banco foi fundado, em 1892, pelo capitalista João Duarte Ferreira, um dos homens mais ricos de Minas Gerais naquele período, com o nome de Banco Construtor do Brasil. Anos antes o mesmo financista fez construir no entorno da Estação Ferroviária o elegante chalé onde passou a residir (atual Museu Chácara Dona Catarina). Ainda em 1892 chegou a água encanada e ocorreu a  instalação de esgotos em quase todas as residências. Um ano depois inaugurou-se o Hotel Villas e o atual Cemitério. No ano de 1894, alguns católicos assistiram com protesto a inauguração na cidade da Igreja Metodista do Brasil.
          Já em 1895 abriu-se um novo ramal ferroviário ligando Cataguases a Miraí. Nesse mesmo ano realizou-se uma grande festa para inauguração do suntuoso Paço Municipal. Com a mesma suntuosidade, três anos depois seria a fez do Cine Teatro Recreio.
          Para atender aos enfermos da cidade e região foi fundado, em 1899, o “Hospital da Caridade”, por José Gustavo Cohen.
          Nesse ritmo de influências múltiplas e do capital excedente do café, a cidade crescia, indo desembocar no século XX como uma das cidades mais prósperas da Zona da Mata Mineira.          O primeiro grande estabelecimento comercial seria fundado por Antônio Henriques Felippe, em 1878, a “Casa Felippe”, que vendia artigos só encontrados nos grandes magazines do país.

Postado por: Sônia Dias

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