A extração mineral de pedras preciosas foi a grande responsável pelo
crescimento da região central de Minas Gerais, entre os anos de 1699 a
1711. A Zona da Mata Mineira por não possuir muitas riquezas minerais e
por suas matas serem densas e montanhosas criando um obstáculo natural
quase impenetrável, dificultando a expansão da região e como se não
bastasse, a coroa Portuguesa não tinha interesse em povoar essa região,
evitando assim a abertura de novos caminhos que poderiam facilitar o
contrabando ainda maior de pedras preciosas. Só no século seguinte com
escassez de riquezas minerais, tendo que gerar outras formas de
assentamento para garimpeiros que ficaram sem serviço é que aparecem as
primeiras evidências de povoamento na chamada região da Zona da Mata. A
princípio os primeiros imigrantes ocuparam as terras desordenadamente, e
em conseqüência as propriedades pequenas tinham como fonte de renda as
lavouras de subsistência. Rio Pardo era habitado pelos índios Puris e
Botocudos, e virou um lugar de pousada de bandeirantes e posteriormente
de tropeiros que encurtavam caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro. A
primeira capela foi construída com palmiteiro. Posteriormente, por volta
de 1.830 foi construída uma Igreja em alvenaria, com telhado coberto de
telhas, um campanário à direita e um cemitério. Esta igreja foi
totalmente destruída por um incêndio. A nova Matriz foi construída em
terras doadas ao patrimônio do Sr. Bom Jesus do Rio Pardo, pelo
fazendeiro Inácio Nunes de Moraes e sua esposa Dona Maria José do
Espírito Santo. A primeira eleição ocorreu em dezembro de 1962, tendo
sido o Sr. Sílvio Vitoi eleito o primeiro prefeito de Argirita, tendo
como vice-prefeito Sr. João Batista de Almeida.Como curiosidade tanto o
Sr. Sílvio quanto o Sr. João Batista foram eleitos prefeitos por três
mandatos. A primeira atividade econômica do município foi à agricultura,
onde sobressaiam as culturas de café, cana-de-açúcar, milho, arroz,
feijão e mandioca. Quase todas as fazendas tinham engenhos com
alambiques onde se fabricavam cachaça, açúcar preto e rapadura. Através
do Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural de Argirita vem
sendo realizado um trabalho junto ao IEPHA tendo ocorrido o primeiro
tombamento a nível municipal de um imóvel conhecido como Casa da
Cooperativa. Fazem parte da agenda cultural do município o Concurso de
Poesias ?Castro Alves? em sua 16ª edição, com a participação de poetas
de várias cidades mineiras e até de outros estados.O Jubileu do Senhor
Bom Jesus de Argirita é a festa mais tradicional, assim como a Festa de
São Geraldo na Comunidade dos Bitirras e a Festa da Nossa Senhora da
Cabeça na Comunidade dos Carmos e a Festa de Santo Antônio da Comunidade
rural da Serra da Prata. O Carnaval, a Exposição Agropecuária, a Festa
Junina Arraiá do Custódio, Festival da Terra e o Encontro do Argiritense
Ausente são as festas mais tradicionais do município.O atual prefeito
de Argirita, sr. Carlos Aurélio Carminate Almeida, foi eleito para o
mandato de 2005/2008.A atual vice é a Dr. Marília Coelho Furtado. A
Câmara dos Vereadores é formada por 9 membros e atualmente é presidida
pelo sr. Milton Perpétuo Monteiro e pelos vereadores: Celso Lima Xavier,
Gilberto Rocha Policiano, José Heleno Carminate, José Iria Araújo,
Rovana Carmo Furtado, Ernestina Aparecida Bitencourt Batista, Carlos
Alberto Ferreira Vasconcelos, Hamilton Rodrigues Alves.
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